quinta-feira, 10 de junho de 2010

A RAINHA VERDADEIRA
Se não fosse assim como é e está sendo,
pode ter certeza de que não seria.

Conto Milenar de Origem Chinesa
Versão Contemporânea e Poética de Uan
O Contador de Estórias Extraordinárias

Certa vez no antigo e milenar Império da China, um jovem, porém sábio Imperador, discípulo de Confúcio, resolveu casar-se. Convidou todas as Princesas de seu vasto Império para proclamar as condições para a escolha de sua rainha. Com grandes festas e pompas se apresentaram ao Palácio Imperial, centenas de lindas e jovens princesas.
E o Imperador mandou que fossem dadas a cada uma, sementes de Flores. Com a seguinte condição: Dentro de dez meses deveriam voltar ao Palácio com os resultados deste plantio. Aquela que apresentasse a mais bela flor seria a Rainha escolhida.
Passado o tempo combinado e novamente com festas e pompas, apresentaram-se ao Palácio as Princesas e suas flores. Uma mais linda que a outra, de todas as cores e tamanhos. Perfumes os mais intensos e variados. E aquele desfile de belezas deslumbrantes, as Princesas e suas Flores. Um verdadeiro passeio pelo Paraíso.
O Imperador pessoalmente foi apreciar uma por uma as pretendentes, para poder avaliar e fazer a sua escolha. Eis que dentre as Princesas havia uma que não trouxe nenhuma flor e mostrava suas mãos vazias. Porém sua beleza reluzia o ambiente, silenciava todos os presentes. O Imperador ficou encantado com sua formosura.
--- Pena que não trouxe nenhuma flor. Pensavam alguns.
Mas o fato é que o Imperador havia dado às Princesas sementes estéreis, jamais poderiam germinar. Portanto aquela Princesa, apresentando humildemente suas mãos vazias, simbolizava a Verdade.
E o jovem e sábio Imperador a escolheu, e ela ficou conhecida em toda Ásia como a Rainha Verdadeira.
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